Priscila Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Com a morte do senador Jonas Pinheiro (DEM-MT), o Congresso Nacional transferiu para amanhã (21) a sessão de leitura do requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos. A partir daí, os líderes partidários terão cinco dias para indicar os deputados e senadores que participarão da CPMI."Se os líderes indicarem rapidamente e se tudo andar bem, poderemos ter a instalação da CPMI na próxima semana", afirmou o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). Ele disse que ainda acredita num entendimento entre governo e oposição em torno dos cargos de comando da CPMI.O PT e o PMDB indicaram relator e presidente, mas a oposição reivindica uma das vagas, já que dois dos partidos que a integram - DEM e PSDB - formam a maior bancada no Senado. Por conta disso, ontem (19), a oposição protocolou requerimento para criação de uma CPI dos Cartões Corporativos apenas no Senado.Garibaldi voltou a afirmar que, apesar de não haver impedimento legal para que duas CPIs sobre o mesmo assunto funcionem no Congresso, é favorável apenas à CPI mista."Não há impedimento legal, mas, no caso de senadores envolvidos nas duas comissões, não se pode dizer que é conveniente, adequado", comentou. "Está faltando bom senso em ver que a melhor solução, no momento, para a CPI, para o Senado e para a Câmara, é a CPI mista", acrescentou.O requerimento de criação da CPI dos Cartões Corporativos no Senado será analisado na reunião de líderes marcada para a próxima terça-feira (26).O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), autor do requerimento da CPI mista, admitiu que a CPI exclusiva do Senado é instrumento de pressão da oposição no governo na busca por uma das vagas no comando da CPMI. "Foi uma estratégia do Senado para pressionar. A CPI no Senado foi proposta como um instrumento legítimo da oposição", disse.