Hugo Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governador do Amazonas, Eduardo Braga, criticou hoje (20) o posicionamento do governo do estado de São Paulo que,segundo ele, se opõe à Zona Franca de Manaus. A declaração foifeita depois de encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir aproposta de reforma tributária do governo federal. “Há uma questão pontual do estado de São Paulo, na minhaopinião mal compreendida pelo governador do estado, de estabelecer uma guerra entre um estado que representa 36% do PIB [Produto Interno Bruto] contra um estado querepresenta 2% do PIB”, afirmou, em referência às disparidades econômicas entre São Paulo e Amazonas. Braga afirmou que iniciativas políticas do estado do Sudestecontribuem para agravar problemas ambientais e sociais na região da Zona Franca de Manaus. “Acabou [o governador de São Paulo, José Serra] de mandaruma nova lei à Assembléia Legislativa, na qual ele cria isonomia de alíquotas ebases diferenciadas de cálculos para celulares, monitores de LCD, paracompetir com os pobres coitados do Amazonas. Ele acaba gerando desmatamento,desemprego e fome no Amazonas.”A manutenção da Zona Franca, segundo o governador doAmazonas, além de ser economicamente importante para a região Norte, traz benefíciospara o meio ambiente local. Braga indica que o estado deve aliar preservação e desenvolvimento. “O Amazonas é responsável pela maior parte da Floresta Amazônica queo Brasil possui, é o estado menos desmatado de todo o país. Nossa população temque ter o direito a emprego, renda, desenvolvimento e a prosperidade. Portanto,o Amazonas não pode ser um santuário.” Emenda constitucional aprovada há cinco anos pelo Congresso Nacional prevê a extensão das características de livre comércio e de incentivos fiscais para a Zona Franca de Manaus até 2023.