Carolina Pimentel e Daniel Lima
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Com o decreto presidencial que retira o Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) do Programa Nacional de Desestatização (PND), o Banco do Brasil espera incorporar a instituição catarinense até julho deste ano. A informação foi dada pelo governador Luiz Henrique da Silveira que acompanhou hoje (20), no Palácio do Planalto, cerimônia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que prevê a saída do Besc do PND e dá continuidade à transferência do controle do Besc ao Banco do Brasil, iniciada em outubro de 2007.Conforme o governador, quando o Banco do Brasil terminar o processo, Santa Catarina receberá R$ 250 milhões referentes aos ativos do Besc. “Vamos ter o mesmo banco forte tecnologicamente, muito mais capaz de prestar serviços a Santa Catarina e a seu povo. Agora, o Besc tem a chancela do Banco do Brasil, isso diz tudo”, afirmou.O Banco do Brasil assumiu o compromisso de nos próximos cinco anos cuidar da folha de pagamento dos servidores públicos catarinenses, manter a marca Besc nas agências e também o atendimento em 293 municípios. O Banco Estadualde Santa Catarina (Besc) foi federalizado em 2000 durante o governoFernando Henrique Cardoso. O objetivo na época era a privatização dainstituição financeira que apresentava prejuízo de R$ 1,071 bilhão segundonúmeros divulgados pela assessoria de comunicação social do banco.
O leilão chegou a ser marcado para 16 de dezembro de 2002,mas foi suspenso após uma liminar acatada no Supremo Tribunal Federal pela juíza Elen Gracie. O banco, que ficou sob intervenção até meados de 2003, voltoua operar, quitou dívidas, modernizou o parque tecnológico e investiu na qualificaçãodo quadro de pessoal.
De 2003 a 2007, o resultado líquido do Besc passou de R$ 25,3 milhões para R$ 69,9milhões e o patrimônio líquido subiu mais do que dobro, atingindo R$ 406,1milhões. Os ativos, que chegavam a R$ 3,54 bilhões, evoluíram para R$ 5,36 nomesmo período.