Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Servidores da Imprensa Nacional, que fica em Brasília, vão trocar hoje (4) a publicação de comunicados oficiais, prensas e papéis pela fantasia de carnaval. Quem vai unir esses dois pontos que parecem tão distantes é o bicentenário da chegada da família real ao Brasil, tema da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel, que desfila hoje no Sambódromo do Rio pelo Grupo Especial.A Mocidade decidiu fazer, na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, uma homenagem à Imprensa Nacional e convidou servidores do órgão para participar da festa. Alguns vão desfilar em uma ala da escola e outros, com a diretoria. Foi o príncipe regente de Portugal, Dom João, quem criou a Imprensa Nacional em 13 de maio de 1808, com o nome de Impressão Régia. Atualmente ela é responsável pela publicação do Diário Oficial da União e do Diário de Justiça, que trazem atos oficiais, como leis, decretos, medidas provisórias, portarias, editais e outros, além de atos dos órgãos do Judiciário. Desde o ano 2000, quando foram comemorados os 40 anos de funcionamento da Imprensa Nacional em Brasília, o Diário Oficial da União é publicado por completo na internet. “Isso situa a Imprensa Nacional como o terceiro maior ponto de visitação na internet durante o dia no Brasil e o primeiro no turno da manhã, quando as pessoas querem ter acessoa às notícias”, disse o diretor-geral do órgão, Fernando Tolentino. Segundo Tolentino, a tiragem impressa do Diário Oficial da União fica entre 25 mil e 30 mil exemplares por dia.Trechos da história da impressão e da imprensa no Brasil são contados no Museu da Imprensa Nacional, aberto à visitação pública. Lá estão máquinas usadas ao longo da evolução da impressão, tipos, e até o prelo em que trabalhou o escritor Machado de Assis. Machado, aliás, foi auxiliar de tipógrafo das oficinas do órgão do governo. Quem visitar o museu depois do carnaval vai poder também conferir as fantasias usadas pelos servidores da Imprensa Nacional no desfile de carnaval. Todas devidamente pagas por quem vai usá-las, sem gasto de dinheiro público, esclarece o diretor-geral, Fernando Tolentino.