Bolívia já contabiliza 48 mortes em decorrência das chuvas

04/02/2008 - 20h22

Agência Lusa*

La Paz (Bolívia) - Relatório divulgado hoje (4) pelo Ministério da Defesa informa que o númerode mortos no país devido às chuvas causadas pelo fenômeno climático La Niña já é de 48. E que cerca de 33 mil famílias estão desalojadas. Quatro pessoas estão desaparecidas devido à subida donível dos rios. As chuvas começaram em novembro passado e afetaram os nove departamentos (estados) do país. Segundo o relatório, um terço das famílias afetadas está na região oriental de Santa Cruz, a mais extensa da Bolívia, e também em Cochabamba, na região central. O vice-ministro da Defesa Civil, Hérnan Tuco,em declaração à agência denotícias espanhola Efe, disse que ainda não foram calculados os prejuízos econômicosprovocados pelo fenômeno climático, mas que espera que nãoalcancem os níveis do ano passado, quando o fenômeno El Niño catástrofes no mais pobre país da América do Sul. Entre janeiroe março de 2007, foram 56 mortos e 600 mil pessoas afetadas na Bolívia, e as perdas foram avaliadas em US$ 443,3 milhões, o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. SegundoTuco, o Conselho Nacional para a Redução de Riscos eAtenção a Desastres e Emergências (Conarade) definirá nesta semana se declara situaçãode “desastre nacional”, para conseguir ajuda econômicaàs famílias afetadas. Até aomomento já foram distribuídas 424 toneladas dealimentos e foi recebida ajuda internacional que incluiu brigadas de resgate com helicópteros provenientes doBrasil, Chile, Peru, Venezuela e Japão, entre outros países, além da cooperação dada pelas agênciasda Organização das Nações Unidas. O Brasil foi um dosprimeiros países a enviar ajuda à Bolívia, com pessoal,comida e material para salvamento e acampamento, além dos helicópteros. Noano passado, a região amazônica de Beni foi a maisafetada, sobretudo a capital, Trinidad, onde nos próximosdias são esperadas novas cheias. Mas, ainda segundo Tuco, neste ano foram adotadas medidas de prevenção, como a retirada de 500 famílias que foram instaladas em acampamentos provisórios.