Morillo Carvalho
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Saúde,José Gomes Temporão, afirmou que espera que osconvênios com o Ministério da Ciência eTecnologia, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)e iniciativa privada dentro do programa Mais Saúde, o PAC[Programa de Aceleração do Crescimento] daSaúde, desenvolvam o setor de tecnologia em saúde nopaís e gerem 3,3 milhões de empregos."O Brasil tem umdéficit setorial estrutural, que é a grande dependênciade tecnologia importada. Esta é uma das grandes prioridades danossa política de saúde, tendo o BNDES como alavancadorda produção industrial", disse no programa Salade Convidados, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz(Fiocruz) e transmitido pela NBR, a TV do Poder Executivo.Mais empregos tambémdevem ser criados com o concurso do Ministério da Saúdepara o preenchimento de 3,5 mil vagas. Temporão nãoanunciou datas, mas informou que o concurso é para substituiros terceirizados."Na nossa sede, emBrasília, quase todo mundo é terceirizado, nãotêm vínculo formal nenhum com o Estado. Os novosservidores públicos já serão contratados dentroda nova política salarial dos gestores de saúde",assegurou.Segundo o ministro, odesenvolvimento tecnológico do setor de saúde devepassar pela produção industrial de máquinas eaparelhos e pesquisa de soluções para as chamadas"doenças negligenciadas". "Poderemos terpesquisas para desenvolver novos medicamentos e adotar outrasabordagens no tratamento da tuberculose", exemplificou.Dentro dessa políticade desenvolvimento tecnológico, Temporão garantiu que oBNDES já assegurou R$ 3 bilhões. "O Brasil nãopode ter um ultrassonógrafo brasileiro? Por que nãopodemos produzir marca-passos, já que realizamos mais de 20mil cirurgias por ano?", indagou, para mostrar a atual posiçãobrasileira em produção tecnológica na áreade saúde.De acordo com oministro, a única indústria brasileira em saúdecapaz de competir no exterior é a de mercado odontológico."Somadas as quatro maiores indústrias [odontológicas]do país, somos os maiores do mundo", afirmou.