Para OIT, crescimento econômico do Brasil ainda é inferior ao dos vizinhos

28/01/2008 - 17h27

Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Relatório divulgado hoje (28) pela OrganizaçãoInternacional do Trabalho (OIT) em Lima, no Peru, indica umcrescimento econômico do Brasil, em 2007, de 5,3% do ProdutoInterno Bruto (PIB), valor ligeiramente inferior à taxa decrescimento projetada para a América Latina e o Caribe, queficou em 5,5%, superior à média histórica dasúltimas décadas. No topo do ranking, lideram a expansãoregional o Panamá (9,5%), seguido da Argentina (8,5%), Venezuela (8,3%), Peru e República Dominicana (ambos 8%) eUruguai (7,4%).

O Panorama Laboral da América Latina e do Caribe destaca que a região vive o período de maior crescimento sustentado desde 1980, ao expandir a economia a taxas superiores a 4,5% ao ano a partir de 2004.

O crescimento do PIB brasileiro no intervalo de apenas um ano mereceu menção especial no documento. A taxa de 5,3% em 2007 superou com folga a atingida em 2006 (3,7%). Entre as razões para o salto da economia nacional, o relatório da OIT ressalta que “a aceleracão está associada ao forte investimento privado assim como ao investimento público em infra-estrutura que o governo estimula através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) desde janeiro de 2007”.

De acordo com o documento, o poder de consumo do brasileiro cresceu com o aumento de salários e de crédito. A OIT citou também a recuperação do setor agrícola, puxada pelos investimentos na produção de etanol. Na indústria, que expandiu 4,9% no primeiro semestre de 2007, o destaque foi o crescimento do mercado interno para automóveis e bens de capital. O superávit da balança comercial alcançou US$ 30,9 bilhões durante os primeiros nove meses do ano e, junto com ingresso de capital, proporcionou valorização significativa da moeda local em relação ao dólar.