Fundação realizará pesquisa para identificar áreas de risco de dengue em Manaus

28/01/2008 - 20h18

Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - A Fundaçãode Vigilância em Saúde (FVS) do Amazonas inicia esta semana umapesquisa para identificar áreas de risco para a populaçãode Manaus quanto às possibilidades de contrair a dengue. Oestudo também servirá para a definição deações para o controle e a prevenção dadoença. O 1º InquéritoSorológico da Dengue também fará coleta desangue e a aplicação de questionários em 1.391pessoas residentes na área urbana da cidade. Todas as faixasetárias, a partir de um ano de idade, serão avaliadas. De acordo o diretorpresidente da FVS no Amazonas, Evandro Melo, o estudo tambémvai contemplar o teste para o vírus da febre amarela, apesardas garantias da instituição sobre a ausência deriscos de epidemia da doença na capital amazonense. Ele informou que acoleta de sangue será feita por meio de uma nova técnica- método Elisa em papel filtro, até então nãorealizada no estado - pela qual se pretende otimizar as condiçõesexistentes na região para diagnóstico desse tipo dedoença. De acordo com EvandroMelo, bioquímicos da fundação serãocapacitados para implantar a realização desse tipo deexame no Laboratório Central do Amazonas (Lacen) e estendê-loaos municípios do interior. O exame será feito para osquatro sorotipos do vírus, embora no Brasil circulem apenas ostipos 1, 2 e 3. "Nósestamos implantando uma nova técnica de sorotipagem. Comapenas uma furada no dedo e a impressão desse material empapel especial, o método exclui as grandes logísticaspara coleta, preservação e envio exigidos com asamostras tradicionais. Do interior, essas amostras poderão serenviadas até nós por meio de carta, para realizarmos osdevidos testes. Os testes valem para os diversos sorotipos da dengueporque queremos subsidiar as ações de controle deacordo com os riscos existentes", ressaltou.A decisão derealizar o estudo somente em Manaus se deve à concentraçãode 99% dos casos registrados na capital. "Com esse estudo,vamos saber concretamente quanto da nossa população játem ou teve contato com os sorotipos da dengue, quantos jáproduziram anticorpos para esses sorotipos e qual o tamanho dapopulação que ainda não teve contato e precisaser protegida. O objetivo é saber, por bairro, quais ospotenciais de risco que estão sujeitas essas populações",disse Melo.Os resultados do 1ºInquérito Sorológico da Dengue devem ser apresentadosno final de março.