Desemprego urbano na América Latina cai pelo quinto ano consecutivo, diz OIT

28/01/2008 - 14h42

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Relatóriodivulgado hoje (28) pelo escritório regional da OrganizaçãoInternacional do Trabalho (OIT) para a América Latina e oCaribe indica uma queda da taxa de desemprego urbano nos paísesda região nos primeiros nove meses de 2007. O índicede desemprego alcançado foi de 8,5% para 15 países da região,0,6 ponto percentual abaixo da taxa registrada no mesmo período de 2006.A nova ediçãodo Panorama Laboral mostraque foi o quinto ano consecutivo de quedas nas taxas de desempregodesses países, desde quando o índice chegou ao patamarde 11,4%. A expectativa, segundo o escritório regional da OIT,é de que se mantenha a tendência de queda em 2008, aindaque isso dependa da volatilidade da economia.O estudo indica que,sendo mantidas as projeções de crescimento de 4,7% naseconomias da região, a taxa de desemprego urbano chegaráa 7,9%, alcançando níveis que não sãoregistrados desde a década de 1990. O diretor da OIT para aAmérica Latina e o Caribe, Jean Maninat, afirmou em nota oficial que osnúmeros trazem otimismo e solidez para se enfrentar outrosobstáculos do emprego.

“É umaevolução positiva, pois a taxa de desemprego baixoutrês pontos percentuais em uma década, e isso permitecontar com um piso mais sólido para enfrentar a pendênciada região, que é melhorar também a qualidade dosempregos.”O Panorama Laboraldestaca que, além do aumento percentual do número detrabalhadores empregados, também houve uma pequena melhora dossalários reais. Entretanto, em alguns países, o empregoinformal chega a responder por 61,5% da populaçãourbana ocupada.Maninatressaltou a disponibilidade da OIT para apoiar os países naformulação e aplicação dos planos detrabalho decente por país. Estes planos estãofundamentados na Agenda Hemisférica para o Trabalho Decente2006-2015, apresentada e discutida em 2006 por representantes degovernos, empregadores e trabalhadores.Paraa OIT, trabalho decente significa contar com oportunidades deempregos que sejam produtivos e produzam condiçõesdignas ao empregado. Tudo isso traduz-se em segurança no localde trabalho, proteção social para as famílias,liberdade para as pessoas poderem expressar suas opiniões eparticipar das decisões que afetam suas vidas, igualdade deoportunidade e tratamento para mulheres e homens, e renda.