Patrus afirma que CPMF retirou milhões de brasileiros da situação de pobreza extrema

09/12/2007 - 15h51

Nielmar de OLiveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro doDesenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias,defendeu hoje (9) a prorrogação da ContribuiçãoProvisória sobre Movimentação Financeira (CPMF),afirmando que o imposto foi um dos principais fatores que promoveua retirada de mais de 14 milhões de brasileiros da linha daextrema pobreza.Ele afirmou que oimposto é fundamental para que o Brasil continue a avançarsocialmente e a apresentar evolução nos indicadoressociais, que, segundo ele, já são captados por alguns de nossosprincipais indicadores - como a Pesquisa Nacional por Amostra deDomicílio (Pnad) e até por pesquisas de programas dasNações Unidas para o desenvolvimento.“O Brasil estáavançando socialmente, e todos os indicadores apontam nestadireção. No governo do presidente Lula, mais de 14milhões de brasileiros saíram da pobreza extrema, damiséria, para uma situação de melhor e maisdigna condição de vida. E isto tem a ver com a CPMF”,afirmou.Patrus Ananias disseque não votar pela prorrogação da CPMFsignificará retirar R$ 40 bilhões do orçamentoda União. “São recursosque estão rigorosamente sendo investidos para garantir emelhorar as condições de vidas de milhões depessoas, famílias e comunidades pobres em todo o país”.De acordo com oministro, 87% dos recursos do Bolsa Família vêm da CPMF,assim como outros programas importantes do ministério.“São programasligados à saúde, porque asseguram o direito àalimentação e à comida, condiçõesfundamentais para que as pessoas tenham saúde. O ProgramaNacional de Apoio à Agricultura Familiar (Pronaf), porexemplo, está estimulando a produção dealimentos para o consumo interno e ao mesmo tempo contribuindo paramelhorar a alimentação e a saúde do nosso povo”.O ministro doDesenvolvimento Social manifestou a expectativa de que os senadores,principalmente os da oposição, não venham apartidarizar a sessão para votar a CPMF, marcada paraterça-feira (11).“Espero realmente queos senadores não coloquem a questão da votaçãoda CPMF em uma dimensão partidária, mas que a coloquemem uma perspectiva histórica de compromisso com o Brasil epara com o povo brasileiro, especialmente para com os mais pobres,exatamente em um momento em que nós estamos avançando tantocom as nossas políticas sociais”.O ministro ressaltou aimportância do imposto, lembrando que o presidente Lula estáempenhado pessoalmente na aprovação da CPMF. “Aimportância da aprovação pode ser medida pelofato de o próprio presidente Lula estar conduzindo o processo,procurando sempre o diálogo com a oposição, com o PSDB,com DEM. Espero que os Democratas sejam também democratas doponto vista da inclusão social”, disse.Para o ministro, a não-aprovação da CPMF punirá, em um primeiromomento, a camada mais pobre da população brasileira. O ministro disse que aCPMF “é um imposto justo, mas que pode ser aperfeiçoadocomo todos os outros impostos o foram, na perspectiva de maiorjustiça tributária, na linha do que quem pode mais pagamais e quem pode menos, paga menos. Não pode, não paga,recebe”.