PSDB não discutiria CPMF se Alckmin fosse presidente, diz governador tucano

23/11/2007 - 17h21

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governador da Paraíba, Cássio CunhaLima, cobrou coerência do PSDB na hora de lidar com o tema da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)."Se nosso companheiroGeraldo Alckmin tivesse sido eleito presidente da República,essa discussão em torno da CPMF não estaria existindo", afirmou o governador hoje (23), durante o segundo e último dia do 3ºCongresso Nacional do PSDB."Épreciso reconhecer que nós criamos o imposto. Nós omantivemos enquanto governo. Não fica bem para nossoperfil, para a nossa postura, adotar uma postura que écontraditória com a nossa trajetória", declarou Cunha Lima.Questionado sobre as declarações do governador da Paraíba e as divisões no partido, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso disse que esteve ontem com vários governadores, como Aécio Neves (Minas Gerais), José Serra (São Paulo), Teotônio Vilela (Alagoas) e Yeda Crusius (Rio Grande do Sul), e que, embora cada um tenha sua posição, a condução será dada pelos líderes do partido. "Os governadores sabem disso", afirmou.Hoje, senadores negaram sofrer pressão dos governadores do partido para aprovar a prorrogação da CPMF, que ainda será votada no plenário do Senado.