Petrobras nega crise e garante ter gás suficiente para atender contratos em vigor

23/11/2007 - 20h13

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster, disse hoje (23) que não existe crise no mercado brasileiro de gás natural. Segundo ela, a empresa tem condições de atender ao volume de gás contrato pelas distribuidoras e aos despachos previstos no termo de ajustamento de conduta assinado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a geração de energia elétrica em caso da necessidade de despacho das usinas térmicas."Para o que temos de compromisso, o que há de contratos em vigor, há gás suficiente.O que não podemos é fornecer, eventualmente, acima do que está nos contratos”.As declarações foram dadas na solenidade em que o governo do Rio entregou à estatal a licença de instalação para o terminal de regaseificação de GNL (gás natural liquefeito) que será construído na Baía de Guanabara, ao custo de R$ 2,9 bilhões e com capacidade de regaseificar até 14 milhões de metros cúbicos por dia.A previsão é que o terminal esteja em operação a partir da metade do ano que vem, apesar do aquecimento do mercado e da alta do preço do barril no mercado externo, com reflexos também no mercado de GNL.Foster lembrou que o GNL será um complemento à oferta de gás do país, destinando-se, em um primeiro momento, ao fornecimento da demanda esporádica das usinas termelétricas.Na avaliação da diretora, se o país importasse GNL seria difícil ocorrer problemas como os do final do mês passado, quando a Petrobras limitou a remessa de gás natural às distribuidoras do Rio de Janeiro CEG e CEG Rio, e à Congas em São Paulo, aos volumes acertados em contratos.Durante a solenidade, o secretário de Meio Ambiente do Rio, Carlos Minc, anunciou que na semana que vem a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente deve emitir a licença ambiental autorizando as obras de ampliação da Refinaria Duque de Caxias (Reduc).No projeto, a Petrobras anunciou investimentos de cerca de US$ 1,2 bilhão para a construção de novas unidades de coque, nafta e diesel, entre outros produtos.