Mudança no FGTS não prejudica população de baixa renda, avalia secretário de conselho

01/11/2007 - 17h44

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O secretário do Conselho Curador do Fundode Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Paulo Furtado, afirmaque o volume de recursos do fundo para linhas de financiamento damoradia popular não será afetado pela decisão docolegiado, na última terça-feira (30), de ampliar afaixa de renda atendida pelo crédito. O conselhoaprovou a criação de linha de financiamentohabitacional para trabalhadores cotistas do fundo com renda familiarsuperior a R$ 4,9 mil. Antes, esse valor era o limite de renda paracrédito. Segundo Furtado, a recém-criada linha teráR$ 1 bilhão em 2008, enquanto R$ 5,4 bilhões irãopara empréstimos de habitação social (valor doimóvel de até R$ 130 mil, dependendo da regiãodo país). "Não há nenhum prejuízopara a moradia popular", disse à Agência Brasil.Também em entrevista hoje (1º), o integrante da direçãonacional do movimento União Nacional por Moradia PopularDonizete de Oliveira criticou a medida.Com a nova linha,poderão ser financiados imóveis avaliados em atéR$ 350 mil e o empréstimo poderá ser de no máximoR$ 245 mil, seguindo mesmas regras do Sistema Financeiro de Habitação(SFH). A taxa de juros será de 8,66% ao ano mais TR (taxareferencial) e prazo de pagamento de 30 anos. A regra valerá apartir de 2008.Para Furtado, o principal atrativo para otrabalhador é a taxa de juros menor em comparaçãocom as cobradas pelo SFH, que podem chegar a 12%. "Nem todos ostrabalhadores podiam tirar crédito do fundo. Essa decisãoresgata de alguma forma essa dívida", ressalvou.