Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Uma caravana de 20 pesquisadores do Brasil, Colômbia, Equador, México, Honduras,Espanha e Portugal percorre, a partir do próximo dia 17, a EstradaReal, considerada a mais importante rota brasileira do Ciclo do Ourodo século 18.Oprojeto é uma parceria entre o Centro de TecnologiaMineral (Cetem) e asUniversidades Federais do Rio de Janeiro, Juiz de Fora, Ouro Preto e São João Del Rei.E é a primeirarota a ser realizada no Brasil pelo projeto internacional Rotas Minerais de Ibero-America e Ordenamento Territorial: FatorIntegral para o Desenvolvimento Sustentável da Sociedade.Segundo o pesquisador da equipe do Cetem Gilson Ezequiel Ferreira, a idéia é resgatar conhecimento histórico e mostrar a importância da Estrada Real para odesenvolvimento econômico, político e cultural do país."É resgatar oquanto essa rota contribuiu para o desenvolvimento do Brasil. A região Sudeste foi a que mais se desenvolveu no país emfunção da mineração do ouro e das pedras preciosas”.Com1,4 mil quilômetros de extensão, a Estrada Real ia do antigo Arraial doTijuco, hoje Diamantina (MG), até o estado do Rio de Janeiro, de ondeeram levados ao exterior o ouro e pedras preciosas extraídosno interior brasileiro.Aestrada tinha dois caminhos. O velho ia deDiamantina até Paraty, na Costa Verde fluminense, e era percorrido em 25 dias a cavalo. Pelo caminho novo, que ia até o Porto do Rio, o percurso foiencurtado para 15 dias a cavalo.Ospesquisadores também querem preservar o patrimônio histórico-cultural, ecológico e geológico-mineiro da região, queabrange também uma parte de São Paulo, além de incentivar o turismo.“Promover a estruturação dos aspectos geológico e mineiro e desenvolver também do geoturismo na Estrada Real, porque nessesetor o Brasil ainda está engatinhando”, comentou Ferreira.