Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os 150 empresáriosbrasileiros que participarão a partir deste sábado (13)da Feira Internacional de Alimentação da Alemanha(Anuga), em Colônia, devem faturar cerca de US$ 500 milhõesao longo dos próximos 12 meses. A previsão é docoordenador da unidade de Eventos Internacionais da Agência dePromoção de Exportações e Investimentos(Apex-Brasil), Juarez Leal. “O ambienteeconômico é muito favorável. Por isso a genteacha que haverá pelo menos entre 10% e 15% de aumento nasexportações”, disse. Na ediçãoanterior da Anuga, que ocorre a cada dois anos, foram geradosnegócios para as empresas brasileiras de US$ 400 milhões.Na avaliação de Leal, o Brasil temuma participação importante no cenário mundial,principalmente no setor de carnes e do agronegócio. E que nafeira, o objetivo “é melhorar cada vez mais o posicionamentodo Brasil como ‘global player’ e ampliar as possibilidadesdos outros produtos, como orgânicos, café, bebidas, alémde biscoitos, massas e balas, em que a gente também émuito forte”.“O que é importante na Europa éque se trata de um mercado que tem uma renda per capita muito grande.Eles têm densidade e demanda por esse tipo de produto. Então,a gente vê como uma grande janela de oportunidades para oBrasil. Só que eles precisam conhecer mais o que a gente temfeito. Por isso é que a Apex, junto com as entidades com asquais tem projetos de promoção, faz essa açãode grande peso na Alemanha”, disse Leal.
Uma das empresas do setor deorgânicos que participa da feira é a Organic Life, doRio de Janeiro. A perspectiva, segundo um dos donos, AdrianoFigueiredo, é instalar uma base de vendas na Europa, emespecial na Alemanha e na França, onde vê possibilidadede vendas baseadas em mercadologia.
“A gente não estáhoje muito interessado em fazer volume financeiro. Eu prefiro fazeruma venda que seja constante do que só vender uma vez e nãovender mais”, explicou.
O coordenador da Apex-Brasil, JuarezLeal, disse que além dos orgânicos, que sãosempre um atrativo para os europeus, será enfatizada aparticipação das carnes do Brasil. De acordo com Leal,atualmente metade do mercado mundial de carne de frango éatendido pelo Brasil; e a carne bovina alcança quase 20% domercado internacional.
Mais de 108 países participamdo evento, que reúne compradores além da Europa, doOriente Médio, Ásia e África.