Senadores consideram difícil aprovar sem modificações proposta que prorroga CPMF

10/10/2007 - 13h32

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Aproposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga até 2011 a cobrança da Contribuição Provisória sobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF) deve encontrar dificuldades para ser aprovada noSenado, onde chega ainda hoje (10), depois de ter sido aprovada em doisturnos na Câmara dos Deputados.Opresidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que, do jeitoque foi aprovada na Câmara, com a manutenção da alíquota em0,38%, dificilmente a proposta passará no Senado. “Sem modificar a alíquota,é impossível negociação”, disse o senador. Para ele, hoje, a grande maioria do Senado parece ser contra a aprovação da PEC do jeito que veio da Câmara. "Aprovação,simplesmente, acho quase impossível.” Segundoo senador, a crise enfrentada pelo presidente da Casa, Renan Calheiros(PMDB-AL), não deve dificultar ainda mais a votação da matéria. “Essacoisa do Renan Calheiros daqui para os próximos dias vai se resolver. Acolocação de Jefferson Péres [PDT-AM] na relatoria já dá uma sinalização de queo Senado está entrando nos eixos”, afirmou Tasso.Hoje, o senadorJefferson Péres foi escolhido relator da terceirarepresentação contra Renan, que investiga se ele usou laranjas paracomprar veículos de comunicação em Alagoas. Osenador Delcídio Amaral (PT-MS), apesar de ser da base do governo,afirmou que é preciso propor alternativas para a aprovação da CPMF naCasa. “A redução de alíquota, por exemplo”, disse.Delcídio Amaral considera "temerário" qualquer prognóstico a respeito da CPMF no Senado. Mesmoassim, lembrou que o governo não pode abrir mão dos R$ 38 bilhõesarrecadados anualmente com a contribuição. “A melhor saída é dialogar e termuita paciência nas próximas semanas”, afirmou.