Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro doPlanejamento, Paulo Bernardo, disse hoje (10) que fará até"panfletagem" na porta do Congresso Nacional pela aprovação da prorrogação da ContribuiçãoProvisória sobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF) no Senado.Paulo Bernardo disseque não pretende “tomar as rédeas” da articulaçãocom os parlamentares, mas conversará com os senadores egovernadores. "Tomar as rédeas, não, mas conversarcom qualquer senador, os governistas e os da oposição,com certeza, pessoalmente, por telefone, até fazer panfletagemna porta do Congresso. O que precisar fazer nós vamos fazer",disse. Mais cedo, o ministroda Fazenda, Guido Mantega, afirmou que se a prorrogaçãoda CPMF não for aprovada no Senado, o governo poderáaumentar impostos. Paulo Bernardo comentou que se o governo perder aarrecadação da CPMF, terá de achar outra formade receita. E admitiu que aumentar a carga tributária nãoé a alternativa mais fácil. "A Constituiçãodiz que se tivermos uma receita diminuída, temos de aumentaroutra receita ou cortar despesas no mesmo montante. Vamos ter deequacionar. Primeiro, não queremos aumentar impostos, e nãotemos feito isso. Segundo, não é fácil, aliás,é difícil aumentar imposto e acho que a sociedade nãoquer que aumente. Quando falamos de CPMF, estamos falando de manterum tributo que já existe e o ministro Guido Mantega temsinalizado constantemente que o governo está aberto ao diálogopara eventualmente fazer algumas modificações",afirmou,Ele disse que o governopode negociar a redução gradativa da alíquota daCPMF, que hoje é de 0,38%.Apesar da crise emtorno do presidente do Senado, Renan Calheiros, Paulo Bernardoacredita que será possível aprovar a matéria naCasa. "Sei que tem um clima beligerante por conta desta crise,mas dá para conversar, como é nossa obrigaçãoconversar. Temos de conversar com todas as partes envolvidas, temosoutros temas que são relacionados, que precisam serconversados neste período", disse. "Não vejonenhuma razão especial para achar que não vai acontecerisso [aprovação da CPMF]", afirmou.O ministro participouda entrega da Ordem Nacional do Mérito Científico a 95pesquisadores brasileiros e estrangeiros que contribuíram paraa ciência e a tecnologia.