Nível de emprego na indústria paulista cresce 0,75% em setembro, segundo a Fiesp

10/10/2007 - 17h05

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O nível de emprego na indústria paulista cresceu 0,75% em setembro com relação a agosto de acordo com a Pesquisa de Emprego na Indústria de Transformação do Estado de São Paulo divulgada hoje (10) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Foram criadas 17 mil vagas em setembro. No acumulado do ano a variação foi de 8,41%, com a criação de 175 mil novos postos de trabalho. Em setembro do ano passado o crescimento foi de 0,69%. Segundo o diretor do Departamento de Economia da Fiesp, Paulo Francini, o resultado é bom, mas não a ponto de criar euforia na indústria. Entretanto, ele salientou que, comparado aos outros meses de setembro, este foi o melhor. Segundo Francini, a geração de empregos de janeiro a setembro de 2007 já é maior do que os 12 meses de 2004, melhor ano para a indústria desde 2000. De janeiro a setembro de 2004 foram criadas 156 mil vagas e no ano inteiro, 144 mil - já que 12 mil foram devolvidas. “Mas é um erro pensarmos que já criamos mais empregos do que em 2004 porque ainda vamos devolver cerca de 60 mil vagas”. Ele ressaltou ainda que o resultado do mês de setembro indica que a indústria não depende exclusivamente do setor sucroalcooleiro, que teve participação de 2% no índice do mês e de 58% no acumulado do ano. Segundo os dados da Fiesp, em setembro, foram contratados para o setor 417 funcionários e no ano, 101.640. “O peso do açúcar e do álcool este ano foi, comparativamente aos outros anos, maior. Foram mais de 100 mil empregos gerados especialmente no início do ano. Depois estabiliza e os outros setores é que foram fazendo a geração de emprego”, disse Francini.A expectativa da Fiesp é a de fechar o ano com mais de 100 mil empregos gerados na indústria paulista, incluindo as demissões previstas para o período do fim do ano. Um crescimento acima de 4%. “Será um desempenho bastante positivo. Não tanto como foi em 2004, mas depois da baixa que houve em 2005 e 2006, que é nossa memória mais próxima, certamente 2007 será de alegria”.Francini afirmou não enxergar horizonte de ameaças em curto prazo para o desempenho da indústria. “O ano de 2007 vem surpreendendo positivamente. Chegamos a dizer no começo do ano que o emprego iria crescer de 2,5% a 3%. Depois dissemos que seria de 3,5% a 4% e agora já revisamos para mais”.