Concessões de rodovias devem ser criteriosas, diz Federação Nacional dos Engenheiros

09/10/2007 - 16h26

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O presidente da Federação Nacionaldos Engenheiros, Murilo Celso de Campos Pinheiro, afirmou hoje (9)em entrevista à Agência Brasil, que a entidadenão é contra a privatização e o leilãodas rodovias. Entretanto, ele acredita que o processo deva ser feitocom coerência para que não haja abuso na cobrançados pedágios. Segundo ele, já que as empresas privadasencontrarão, muitas vezes, estradas deterioradas, seriacorreto que o governo também investisse na recuperaçãodessas rodovias. Somente dessa forma será possível manter as estradas em boas condições para o cidadão. “Há necessidade de ter critério,de ter um pouco de investimento também do governo, de ter umaparticipação de forma que o pedágio nãovenha suprir todo esse processo deteriorado, senão a populaçãovai pagar muito”, afirmou Pinheiro que também épresidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo.Na avaliação do especialista, onúmero de praças de pedágio deve ser determinadode acordo com a quilometragem do trecho. “Não podemos teruma rodovia onde se gaste mais com pedágio do que comcombustível. O ideal é que a cada 100 quilômetrosexista um posto”. Para ele, o valor do pedágio deve ficarentre R$ 3 e R$ 4.Pinheiro ressaltou que a empresa que estiverinteressada na rodovia deve apresentar um planejamento de curto emédio prazo no qual serão especificadas as melhorias aserem feitas nessas estradas. O leilão deconcessão de sete lotes de rodovias federais, com extensãototal de 2,6 mil quilômetros, é realizado na tarde dehoje (9), na sede da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).