Queda de energia no STF derruba transmissão de rádio e TV sobre fidelidade partidária

03/10/2007 - 17h04

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma queda de energia no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a sessão que julga os mandados de segurança que tratam da fidelidade partidária tirou do ar a TV e a Rádio Justiça, além de cortar o som dos microfones do plenário. A sessão não foi suspensa, e os advogados que continuaram fazendo a sustentação oral em nome dos parlamentares.No momento em que a energia caiu, o advogado Guilherme de Sales Gonçalves fazia a defesa do deputado Carlos Roberto Massa Junior, o Ratinho Junior. Ele alegou que o parlamentar se elegeu com uma votação nominal superior à necessária para a formação do quociente partidário, e foi o segundo colocado na eleição no Paraná. O advogado Eduardo Ferrão também falou em nome de parlamentares do PPS lembrou que a Constituição Federal de 1969 previa a perda de mandato pela troca de partido, e que a sanção foi revogada por uma emenda constitucional em 1985. Na sua avaliação, ao reproduzir o modelo da emenda constitucional, os constituintes pretenderam tratar a fidelidade partidária sem perda de mandato.Ferrão lembrou que alguns casos de troca de partido são motivados pela insatisfação dos parlamentares com os rumos da legenda. "Alguns partidos são comandados por coronéis, que não admitem contestações", explicou.