Ana Luiza Zenker
Da Agência Brasil
Brasília - A senadora e candidata à Presidência da Argentina Cristina Kirchner almoçou hoje (3) hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada. Em seguida, ela se reuniu com empresários brasileiros que investem no país vizinho.“Creio que a razão de minha presença é a reafirmação da associação estratégica entre Argentina e Brasil”, afirmou, após o encontro no Palácio do Itamaraty.A senadora apresentou um panorama da situação econômica argentina, convidando os empresários a continuarem investindo em seu país. Ela também ressaltou a importância do aprofundamento das relações entre os dois países e do Mercosul como bloco econômico e político.“Estou absolutamente convencida de que devemos qualificar ainda mais esta associação entre Argentina e Brasil, porque creio que estamos em uma oportunidade histórica inédita de não somente aproveitar essa associação, mas que isso também se expanda pela região de forma a formar um bloco econômico e político”.De acordo com o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, a reunião com o presidente Lula “foi a ocasião para discutir o futuro das relações entre Argentina e Brasil”. Ele acrescentou que o encontro também “reeditou o clima excelente entre os dois países”.A reunião com os empresários, segundo com Garcia, “foi a ocasião para a candidata mencionar o estado [econômico] excepcional da Argentina”, reforçando o crescimento que o país vive nos últimos cinco anos.“A impressão que eu acho que deixou em todos foi de que, efetivamente, trata-se de um projeto de governo que, como ela mesma disse, dará continuidade mas ao mesmo tempo inovará”. Embora negue haver algum tipo de apoio do governo brasileiro à candidatura de Cristina Kirchner, Garcia disse acreditar que "se este programa se cumprir na Argentina, ele nos permitiria efetivamente prosseguir a integração” entre os dois países.Entre os objetivos comuns e possíveis projetos de cooperação, Garcia citou o fortalecimento do Mercosul, cooperação para a produção de energia também com outros países do continente e programas de cooperação científica e tecnológica.