Leandro Martins
Repórter da Rádio Nacional da Amazônia
Brasília - Foi lançadohoje (3), em reunião da Comissão de Meio Ambiente eDesenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, oPacto Nacional pela Valorização da Floresta e pelo Fimdo Desmatamento na Amazônia Brasileira. A meta do pactoé reduzir o desmatamento florestal até atingir aconservação total da floresta amazônica. Alémdisso, há projetos para recuperar as áreas florestaisjá devastadas. Para se conseguir esse objetivo, aproposta se baseia em três eixos: valorizar economicamente asflorestas, recuperar áreas desmatadas e controlar odesmatamento ilegal. A idéia é utilizar recursospúblicos, recursos externos provenientes do mercado de carbonoe de empresas nacionais e investidores.Com essas ações,o pacto nacional prevê que o desmatamento florestal da Amazôniatermine totalmente em sete anos. Participam da iniciativa noveorganizações não-governamentais (ONGs):Instituto Socioambiental (ISA), Greenpeace, Instituto Centro da Vida,Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), The NatureConservancy (TNC), Conservação Internacional, Amigos daTerra – Amazônia Brasileira, Instituto do Homem e MeioAmbiente da Amazônia (Imazon) e WWF-Brasil.A ministraMarina Silva disse que 20 anos atrás havia incentivos quepromoviam o desmatamento, na busca pelo progresso econômico, eafirmou que nos últimos quatro anos, os esforços dogoverno têm mudado a situação. Ela citounovamente números do Planode Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia(PPCDA) e falou sobre as metas do governo para a reduçãodo desmatamento neste ano: “O governo favorece o desmatamentoilegal zero. E, se se confirmarem os dados de 2007, nós vamoster uma redução de desmatamento de 65%”. Paraque a floresta seja preservada, o pacto prevê também aconservação da biodiversidade e a preservaçãodo modo de vida de povos indígenas e populaçõestradicionais da região. A maior fonte de devastaçãoda floresta amazônica é a conversão da florestaem pastagens para gado e exploração de madeira.