Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do governo na Câmara, deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está confiante que a prorrogação, por mais quatro anos, da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) será aprovada em segundo turno na Câmara dos Deputados na próxima semana. A afirmação foi feita após jantar entre Lula e líderes dos partidos da base aliada no fim da noite de ontem (2).Segundo Múcio, a aprovação de duas medidas provisórias (MPs) pelos deputados na sessão dessa terça-feira mostra que os partidos aliados estão pacificados para prosseguir com os projetos de interesse do governo. “Fazia algum tempo que não aprovávamos duas MPs num mesmo dia. É uma vitória grande para o governo porque ficamos mais perto da aprovação da CPMF em segundo turno na Câmara”, destacou o parlamentar.Para o líder do governo, a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional que estende a CPMF e a Desvinculação das Receitas da União (DRU) deve sair na terça (9) ou na quarta-feira (10). Ele não descartou a possibilidade de que o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), convoque sessão extraordinária na segunda-feira (8) para acelerar a votação de mais duas medidas provisórias que passarão a trancar a pauta da Casa nos próximos dias.Convocado pelo presidente Lula para estreitar as relações com o Congresso, o jantar de ontem (2) no Palácio da Alvorada, segundo Múcio, não abordou o preenchimento de cargos de confiança. De acordo com ele, o encontro também não serviu de oportunidade para os partidos da base aliada exigirem condições para aprovar projetos de interesse do governo."Foi apenas uma reunião de trabalho, para comentar a batalha da CPMF e discutir pontos positivos da economia brasileira", ressaltou o deputado. “Não houve pedidos nem reivindicações, já que o presidente era o anfitrião e a pauta é sempre do anfitrião.”Sobre a derrubada da medida provisória que criava a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, rejeitada pelo plenário do Senado na semana passada, Múcio afirmou que o presidente não demonstrou tensão com o assunto. “Ele disse que acha essas dificuldades naturais da própria democracia”, lembrou o parlamentar.Múcio não confirmou a transformação da secretaria em ministério extraordinário. Segundo ele, o presidente informou que o governo ainda não definiu uma maneira para que a estrutura criada para Secretaria de Planejamento de Longo Prazo seja mantida. “A assessoria do presidente está estudando cada cargo preenchido para ver qual será a melhor solução, mas o presidente disse que ela virá em pouco tempo”, concluiu.