Emprego na indústria fica estável em junho e fecha semestre com alta de 1,6%

13/08/2007 - 11h54

Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O mercado de trabalho na indústria ficou praticamente estável de maio para junho, com ligeiro recuo de 0,1% nas contratações, depois de cinco meses em expansão.Em relação a junho do ano passado, houve avanço de 2,1%, taxa idêntica à registrada em maio na comparação com o mesmo período do ano anterior.  Com o desempenho de junho, o setor fecha o primeiro semestre de 2007 com alta de 1,6% nas contratações.Os dados, divulgados hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes).De acordo com André Macedo, economista da Coordenação de Indústria do IBGE, o resultado de junho representa acomodação depois de taxas consecutivas de crescimento e confirma a expansão do emprego na indústria em 2007.

“Mesmo com essa variação negativa na passagem de maio para junho, a leitura desse resultado é de acomodação, até porque os resultados anteriores eram amplamente positivos. Nas outras comparações, os resultados ainda são plenamente favoráveis e atingem a maior parte dos locais e dos setores pesquisados", avaliou Macedo.

Segundo ele, no encerramento dos seis primeiros meses de 2007, os resultados do emprego são bastante positivos e acompanham a produção industrial, que também fecha o semestre com resultados muito favoráveis.

Segundo o IBGE, no primeiro semestre deste ano, todos os locais pesquisados registraram crescimento no emprego industrial, com exceção do Rio Grande do Sul, onde houve redução de 1,7% no saldo de contratações, ainda por causa das dificuldades encontradas no segmento de calçados e couro. 

No cenário nacional, a expansão no emprego na indústria alcançou 12 dos 18 segmentos pesquisados.

A indústria de bebidas e alimentos, que tradicionalmente reúne maior número de trabalhadores, respondendo por 20% do emprego industrial, foi a principal responsável pela ampliação no mercado de trabalho no setor no semestre. Neste período, a atividade teve aumento de 5,3% no pessoal ocupado. Outros segmentos, onde o emprego cresceu foram de produtos de metal (5,7%), da indústria automobilística (4,7%) e de máquinas e equipamentos (4,3%). Segundo Macedo, eles são justamente os que tiveram melhor desempenho na produção no período.Os dados da pesquisa abrangem os estados de Pernambuco; Ceará; Bahia; Espírito Santo; Minas Gerais; Rio de Janeiro; São Paulo; Paraná; Santa Catarina e Rio Grande do Sul e as Regiões Norte e Centro-Oeste; Região Nordeste; Região Sudeste; e Região Sul.