Basquete em cadeiras de rodas ainda recebe pouco investimento

13/08/2007 - 20h32

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O basquete em cadeira de rodas foi a primeiramodalidade a ser praticada no Brasil por pessoas com deficiência. Na década de50, o paraplégico Sérgio Del Grande trouxe dos Estados Unidos uma cadeira derodas especial e fundou o Clube dos Paraplégicos de São Paulo, com o objetivode incentivar pessoas com deficiência a praticar o esporte.

Esse pioneirismo faz com que o basquete seja responsávelpela universalização do esporte para pessoas com deficiência, na opinião dopresidente da Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas,Leonardo Mattos. No entanto, ele afirma que, apesar de ter sido a primeiramodalidade a ser praticada, apenas há pouco tempo o basquete começou a ganhardestaque e investimentos. “Apesar de ser a primeira modalidade, ainda nãoatingimos o nível máximo do potencial dos atletas brasileiros”, diz Mattos.

Segundo Mattos, das 80 equipes de basquete em cadeirade rodas formadas no Brasil, apenas oito têm um nível técnico superior.“Precisamos fazer com que outras equipes cheguem a um nível razoável e queoutras surjam nos próximos anos”, defende. Atualmente, cerca de 900 atletas são ligadosà confederação.

Mattos reclama que faltam investimentosno esporte, principalmente da iniciativa privada. A confederação está buscando formar parcerias com clubes, governos e empresas para investirna formação de atletas. “É Importante encontrar alternativas para os pequenosclubes, que são os verdadeiros formadores de atletas”, afirma.