Jobim diz que só aceitará renegociar malha aérea com a premissa de segurança

02/08/2007 - 17h37

Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse hoje (2) que não iráceder às pressões de companhias aéreas contrárias à retirada deconexões e escalas do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Durante um seminário sobre sistema aéreo, Jobim apresentou o plano de redistribuição das conexões e afirmouque só aceitará “renegociar a malha aérea com a premissa de segurança".De acordo com o ministro, será mantida a decisão do Conselho Nacional deAviação Civil (Conac) de retirar 151 vôos de Congonhas.“As companhias terão problemas, mas a questão da segurança é umaprioridade. Não está em negociação que Congonhas volte a ser um hub nacional [ponto de concentração eredistribuição de vôos].”NelsonJobim afirmou que a distribuição de vôos do Aeroporto de Congonhas é o ponto de partida“para a discussão do problema das malhas das empresas”. Segundo ele, o governo estuda a criação deuma secretaria específica para cuidar do setor da aviação civil no país. "Vamos trabalhar para termos um desenho de umasecretaria-executiva na versão civil que funcionarácomo secretária-executiva do próprio Conselho Nacional de Aviação Civil.”De acordo com o plano de mudanças nas conexões e escalas, o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, passaria a concentrar as conexões para o Nordeste. O  Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, também receberia vôos para o Nordeste, além de conexões para a América do Norte, América do Sul e Europa.O Aeroporto Afonso Pena,  na região metropolitana de Curitiba, seria responsável pelas conexões para o Sul do país e o Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, para o Norte e Centro-Oeste. Já o Santos Dumont, no Rio, ficaria só com a ponte aérea Rio-São Paulo e Congonhas, vôos sem conexão e para o atendimento das demandas do interior de São Paulo.