Greve deixa mais de 3 milhões de usuários sem metrô

02/08/2007 - 10h10

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A cidade de São Paulo amanheceu hoje (2) sem seu principalmeio de transporte público: o metrô, usado diariamente por cerca de 3milhões de pessoas. Segundo a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), acirculação de trens é parcial, com a operação de duas das três linhas da rede.A vice-presidente doTribunal Regional do Trabalho, Wilma Nogueira de Araújo Vaz daSilva, determinou que 85% dos trens deveriam ser mantidos em circulação.A assessoriade imprensa do Metrô idiz que recorreu a operadores que atuam em outrasáreas para manter o índice de 70% nas linhas que ligam a zona Norte azona Sul, além de um trecho da linha 2, entre as estações Ana Rosa e Hospital dasClínicas, no ramal que segue sob a superfície da avenida Paulista. Para minimizar os efeitos da paralisação, a Companhia deEngenharia de Tráfego (CET) suspendeu o rodízio que impediria acirculação de veículos com placas de finais 7 e 8, das 7 horas às 10horas e das 17 horasàs 20 horas, na área expandida do centro da capital paulista.Com maiscarros nas ruas, o congestionamento chegou a 119 quilômetros às 8h30.De acordo com a CET, o tráfego estava praticamente parado em 14,6%dos 818 quilômetros de via monitorados pela empresa. O número seaproxima do índice de pico máximo para o período, que é de 15,3%.A greve começou a zero hora, portempo indeterminado. Os metroviários afirmam discordar da diretoria da empresa no que diz respeito ao pagamento do abono relativo à Participação nos Lucros eResultados (PLR).Os metroviários - que somam cerca de 7,5mil funcionários - querem o pagamento imediato de R$ 1,8 mil referente ao abono. A empresa oferece R$ 800, a serem pagos emsetembro próximo.