Sindicato de ruralistas alerta para cheias no rio Paraguai

12/03/2007 - 21h13

Aline Bravim
Da Agência Brasil
Brasília - Com previsão da maior cheia dos últimos 12 anos no rio Paraguai, os gados da região Mato-Grossense estão correndo riscos, segundo o Sindicato Rural. Com a enchente, diminui a área de pasto para os gados se alimentarem, o que poderia ocasionar suas mortes. De acordo com o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Pantanal (Embrapa), Urbano Gomes, a melhor forma de evitar o prejuízo é transferir os animais para uma área que não seja de risco."A partir do momento que o rio Paraguai chegar aos 5 metros e 30, aqueles que tiverem propriedade perto do Pantanal, já tem que tomar cuidado, ou seja, já pode começar a deslocar o gado porque vem água forte por aí”, alerta Gomes. Segundo ele, a altura média do rio Paraguai é de 2 metros. Atualmente, o rio está com uma altura de 3,5 metros. Os bovinos representam grande parte do sistema de produção da região, e os produtores rurais são os maiores empregadores.De acordo com a nota divulgada pelo Sindicato Rural, o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha, deverá decretar situação de emergência para diminuir os prejuízos causados aos moradores e produtores. O pesquisador disse que o período em que o rio Paraguai vai estar mais cheio são nos meses de maio e junho. Os municípios que correm mais riscos além de Corumbá são: Aquidauana, Miranda, Porto Murtinho, Poconé Cáceres e Barão de Melgaço. A última grande cheia registrada no Pantanal foi em 1995.