Taxa de desemprego tem pequena alta na região metropolitana de São Paulo, depois de cinco meses em queda

31/01/2007 - 18h01

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo,que estava em queda desde junho do ano passado,  teve ligeira elevação, em dezembro último, passando de 14,1%, em novembro,para 14,2%. A  região metropolitana abrange 39 municípios. Avariação corresponde a um total aproximado de 1,4 milhão de pessoas nacondição de desempregadas. No último mês de 2006, existiam 14 mil maistrabalhadores fora do mercado do que no mês anterior.Nesseperíodo, 28 mil pessoas entraram para o mercado, o dobro do número devagas abertas. Os dados são da pesquisa de Emprego e Desemprego (PED),realizada em conjunto pela Fundação Estadual de Análise de Dados(Seade) e Departamento Intersindical de Estatística e EstudosSocioeconômicos (Dieese). Apesar do ligeiro recuo no saldoentre a criação de novos postos, cortes e ingresso de novosconcorrentes no mercado, essa região registrou aumento de 1,7% no nívelde ocupação no acumulado de 2006 sobre o ano de 2005 com a oferta de141 novas vagas. A pesquisa indica que, em dezembro, houverelativa estabilidade no nível de ocupação, com 0,2% de alta. Ocomércio apresentou expansão de 3,3%, equivalente a 45 mil vagas; nosServiços, ocorreram 0,7% a mais de contratações com  absorção de34 mil empregados e, na indústria, o processo foi invertido, com aeliminação de 32 mil postos (- 1,8%) e em outras ocupações, com reduçãode 33 mil ocupações e 3,4% de queda. Os setores industriaisque mais efetuaram cortes foram: Gráfica e papel (8,4%), Química eBorracha (8,1%) e Vestuário e Têxtil (2,7%). Já no segmento deServiços, as maiores oportunidades de trabalho foram geradas emoficinas mecânicas (8,6%), Transportes (6,7%) e Limpeza e Outrasoficinas (5,1%). Nos últimos 12 meses, o nível de ocupaçãocresceu 1,8% com saldo positivo de 155 mil postos de trabalho. Naindústria, o resultado é de uma expansão de 48 mil postos (2,9%), nocomércio, esse saldo acumulado é de uma retração de 0,1%, o que éentendido pelos técnicos da pesquisa como resultado indicador deestabilidade, e, em Serviços, foram criados 160 mil postos com alta de3,6%.De acordo com Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico doDieese, mais da metade das ocupações geradas (ou 54%) das chances detrabalho referem-se à empregos concentrados nos Serviços. ”Sãoatividades oferecidas em transportes, educação, administração públicaentre outras”, apontou. De novembro a dezembro, a procura portrabalho diminuiu de 52 semanas para 51 semanas. O perfil de empregadomais requisitado é de pessoas com ensino médio completo ou superiorincompleto, com predomínio das contratações de mulheres e pessoas comidade entre 25 e 39 anos.