Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) impôs à Petrobrasperdas de US$ 1 bilhão nos últimos quatro anos, informou o diretor deGás e Energia da estatal, Ildo Sauer. O programa, criado no governo Fernando Henrique Cardoso, previa aimplantação de usinas termelétricas em caráter emergencial e, segundoSauer, a solução encontrada pela Petrobras, de comprar usinasconstruídas em parceria com a iniciativa privada, evitou perdas aindamaiores. "Esses negócios termelétricos do passado impuseramperdas que chegariam a US$ 2 bilhões se não fosse implementado umprocesso de renegociação com as empresas", disse Sauer. Asperdas, explicou, ocorreram devido ao modelo adotado para as parceriase que levou a Petrobras a ficar, sozinha, com 11 das 12 usinasconstruídas no âmbito do programa. O diretor garantiu que os diversoscontenciosos foram praticamente encerrados: "Nós estamos agorafinalizando a compra da Usina Fernando Gasparian, feita em sociedadecom uma empresa do governo paulista. É o último esqueleto no armário". Juntas as 12 termelétricas possuem capacidade de geraçãode cerca de 4 mil megawatts de energia. A Petrobras está comercializando no mercado livre a energiaexcedente, de acordo comas normas fixadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).Odiretor participou hoje (31), em Macaé (RJ), da solenidade derenomeação da usina termelétrica local, movida a gás natural. O novonome é Usina Termelétrica Mário Lago, em homenagem ao ator, compositore escritor que morreu em 2002. Trata-se da segunda maior usina doparque gerador da Petrobras, com localização estratégica paraaproveitamento do gás produzido na Bacia de Campos, no nortefluminense.