Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Comunicações, HélioCosta, afirmou hoje (31) que as empresas terão de se adaptar à nova realidademundial do setor, se quiserem evitar os prejuízos decorrentes dapopularização do VoIP entre os usuários de internet. Em entrevista àAgência Brasil, Costa afirmou que "não basta mais vender telefones fixose cobrar pela assinatura mensal". A tecnologia conhecida como VoIP - de voz sobre IP (protocolo deinternet, em inglês) – permite o uso de microcomputadoresconectados à internet como telefones, com um software apropriado e a custo mais baixo. “Aoinvés de vender apenas telefones fixos, as empresas agora têm de vendertelefone móvel, televisão, acesso à internet, todo um pacote. Ou não irão sobreviver. Se continuarem forçando o consumidor brasileiro apagar R$ 40 mensais de assinatura, elas vão quebrar”, disse Costa. Segundo o ministro, as companhias telefônicas faturamcerca de R$ 1,6 bilhão só com a assinatura básica. O custo de usar a internet para falar com quem está longe é mínimo para quem já assina o serviço de banda larga, acrescentou Costa. "Quando se paga pela conexão à internet, inclui-se o telefone. Então, se a companhia telefônica não entender que a internetestá modificando a televisão e a telefonia fixa, ela vai ficar em umasituação complicada”, disse. Para quem usa conexão discada, uma ligação interurbana ou internacionalacaba tendo o custo de um pulso, já que o internauta está conectado aum servidor local. O ministro defende que os prejuízos com a nova tecnologia podem ser contidos:“Aqui mesmo, no Brasil, existem companhias que já estão modernizadasnesse sentido. Elas já estão oferecendo pacotes”.