Mariana Rozadas
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O governo do Rio de Janeiro começou a implodir na tarde de hoje (28) o complexo penitenciário Frei Caneca, no centro da cidade. O presídio - o mais antigo do país, inaugurado em 1850 - ocupava uma área de 62 mil metros quadrados. Quatro unidades compunham o complexo que, dividido em sete pavilhões com 1643 celas, chegou a abrigar 1,9 mil presos. A área desativada deve dar lugar a um condomínio residencial. A Defesa Civil orientou os moradores e o comércio do entorno, além do trânsito, que ficou interrompido das 12 horas às 15 horas.O presídio será implodido por etapas para não comprometer a estrutura das moradias situadas nos arredores do local. O trabalho está sendo feito pela mesma empresa que implodiu o Complexo do Carandiru, em São Paulo, em 2002. Nesta primeira fase, foram usados cerca de 100 quilogramas de uma dinamite especial. De acordo com a empresa responsável pela obra, o tempo de destruição de toda a área demarcada foi de aproximadamente dois segundos.O coordenador de Segurança da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, coronel César Monteiro de Carvalho, explicou a importância da desativação do antigo complexo para as comunidades vizinhas.“Estamos tirando do centro urbano essas instalações que sempre trazem algum tipo de mal-estar à população. Hoje existe uma comunidade vizinha a esta unidade prisional e às vezes acaba acontecendo de essas populações entrarem em choque com os internos aqui recolhidos, muitas vezes de facções diferentes", disse. "A partir de agora deve-se construir unidades prisionais menores para que, diante da necessidade de uma intervenção, esse tipo de operação possa ser mais facilmente executada”.O processo de desativação do complexo prisional Frei Caneca teve início no dia 21 de novembro, quando 102 detentas foram transferidas da Casa de Custódia Romeiro Neto para a penitenciária Joaquim Ferreira de Souza, no complexo de Jericinó, na zona oeste do Rio.