Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A votação do reajuste dos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que ganham mais de um salário mínimo, deverá ficar para a próxima semana em virtude da falta de quórum de deputados nesta semana para a apreciação da matéria. A Câmara marcou duas sessões para esta semana para tentar votar as oito Medidas Provisórias que estão trancando a pauta. A primeira das Medidas Provisórias (MPs) é a que trata do reajuste dos aposentados. Na sessão dde hoje, apenas 174 dos 513 deputados compareceram ao Plenário para votar. Com isso, a sessão foi encerrada por falta de quórum e convocada outra para amanhã às 9 horas.O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), admitiu que dificilmente haverá número suficiente de deputados para votar nesta semana. Ele informou que conversou pelos menos três vezes nos últimos dias com os líderes da base governista pedindo que mobilizassem suas bancadas para as votações desta semana. "O governo quer votar as MPs mas está difícil alcançar o quórum", disse. Como a primeira votação é polêmica, Chinaglia entende que o ideal seria a presença de um mínimo de 450 deputados para a votação do reajuste dos aposentados. O governo trabalha com um reajuste de 5,01 %, mas a oposição insiste em 16,67 %. A decisão vai ser tomada na votação em Plenário.O governo, na avaliação do líder, não está disposto a ficar adiando a votação da MP dos aposentados em função de outras votações de matérias importantes. "Vamos votar para ganhar ou perder. Há outras matérias de interesse relevante para o País que precisam ser votadas, além das MPs, que é o caso do Fundeb, da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, da Sudam, saneamento básico, entre outras", disse o líder Arlindo Chinaglia.O líder lembrou que ao conceder 16,67 % para o reajuste do salário mínimo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agiu no limite do possível, assim como agiu no limite ao conceder 5 % para as aposentadorias de quem ganha acima de um salário mínimo. "É bom que a população saiba que o governo Lula está mantendo o poder de compra das aposentadorias e pensões e o que alguns defendem aqui não praticam em seus estados e municípios", disse. E acrescentou: "Quando a oposição colocou essa proposta (16,67 % de reajuste) à época interpretamos que era disputa eleitoral e agora tenta manter coerência em cima de uma proposta que não se sustenta porque quebra estados , municípios e a Previdência Social"