Integração sul-americana continua sendo prioridade, diz ministro das Relações Exteriores

14/11/2006 - 13h42

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, voltou a afirmar que a integração da América do Sul continuará sendo prioridade na política externa brasileira.Segundo ele, o Brasil não está focando uma estratégia de integração em escala maior, ao incluir, por exemplo, países da América Central e Caribe, porque primeiro é preciso consolidar o bloco sul-americano.“Não é que estejamos excluindo a América Latina. Temos relações ótimas [com a América Central e Caribe]. O México é o nosso quarto parceiro comercial e nossas exportações para essas regiões têm crescido muito", observou. "Mas quando se fala em integração é preciso começar por aquilo que é mais próximo. Se você não integrar a América do Sul e partir para um projeto muito amplo, você acaba não fazendo nada”.Na avaliação dele, a integração é importante não apenas para aumentar o comércio entre as nações sul-americanas - que, segundo o ministro foi consideravelmente ampliado nos últimos quatro anos - como para consolidar a região como um bloco competitivo no mercado internacional.Amorim afirmou que, atualmente, as vendas brasileiras para os países sul-americanos superam o volume exportado para os Estados Unidos. No caso da Venezuela, por exemplo, foi registrado um aumento de 250% nas exportações.Ele disse ainda que integração é algo natural que acontece entre países vizinhos. O ministro pondera que se não há esforço de governo para que os países se integrem de forma "benéfica", abre-se espaço para uma integração “para o mal”. Ou seja,  em que prepondera o comércio ilícito do contrabando e do tráfico de drogas, preenchendo o vácuo deixado pelas relações legais.O ministro participou hoje (14) da Assembléia da Federação Latino-americana dos Bancos (Felaban), no Rio de Janeiro.