Alessandra Bastos
Enviada especial
Guayana (Venezuela) - A visita do presidenteLuiz Inácio Lula da Silva à Venezuela está sendo criticada pela oposição ao governo de Hugo Chávez. Daqui a três semanas, no dia3 de dezembro, será realizada a eleição. Hugo Chávez concorre novamente ao cargo.O candidato da oposição, Manuel Rosales, diz que a visita de Lulatem caráter eleitoral. Como no Brasil, o presidente daRepública venezuelano pode se reeleger apenas uma vez. A diferença é que cadamandato tem duração de seis anos.Lula e Chávezirão participar de duas ceremônias: a inauguração da Segunda Ponte sobre o RioOrinoco e a certificação da reserva petrolífera do Rio. Os presidentesconversam ainda sobre a construção conjunta da refinaria de petróleo JoséInácio de Abreu e Lima, em Pernambuco. O governador eleito de Pernambuco,Eduardo Campos, acompanha Lula para tratar do cronograma da obra.O convite de HugoChávez ao presidente brasileiro foi feito há dois meses. Mas como a Lei Eleitoralbrasileira não permite inauguracao de obras, Lula preferiu adiar o encontro,que acabou recaindo sobre o período electoral venezuelano. Os 23 estados, oDistrito Capital (que comprende a capital Caracas) e as 72 ilhas venezuelanassão divididos em nove regiões. O principal produto de exportação é o petroleo.A cidade de Guayana, onde ontem (12) desembarcou o presidente brasileiro, éconsiderada uma das mais modernas do país já que abriga as maiores empresas deexploração de ferro e alumínio, os dois principias produtos de exportaçãodepois do petróleo. É sede também da Central Hidroelétrica de Hurí, a segundamaior represa do mundo.