Codevasf investe R$ 100 milhões por ano na revitalização do Vale do São Francisco

13/11/2006 - 17h49

Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) vai gastar, em 2007, R$ 100 milhões na  revitalização dessa área e do Vale do Parnaíba. A informação foi dada pelo presidente da Codevasf, Luiz Carlos Everton de Farias. Segundo Farias, o trabalho da companhia, que é vinculada ao Ministério da Integração Nacional, diz respeito unicamente à revitalização do São Francisco e do Vale do Parnaíba. Ele ressaltou que não é da alçada da Codevasf o processo de integração do rio, que envolve obras de infra-estrutura de grande peso, para interligação com outras bacias hidrográficas. O processo é secularmente chamado transposição do São Francisco.Farias esclareceu que a Codevasf está fazendo saneamento básico nas principais cidades às margens do rio, com obras de esgotamento sanitário, tratamento de resíduos lançados nas águas, recuperação de matas ciliares e  melhoramento das condições de navegabilidade, além de desenvolver outros projetos. Sobre a revitalização, disse que é um programa permanente. "Não pode acontecer de forma completa da noite para o dia. É um processo que levará 20 anos para  dar resultado efetivo".De acordo com o presidente da Codevasf, o processo inclui obras em ações contínuas, "atreladas a um processo de educação para conscientizar as populações que vivem às margens do rio, para que evitem procedimentos capazes de agravar o equilíbrio ecológico na região".Há bem pouco tempo, ressaltou Farias, as cidades ao longo do São Francisco não contavam com projetos de saneamento e, hoje, a Codevasf está bancando projetos para as prefeituras que não podem realizá-los, permitindo que elas sejam beneficadas com obras comunitárias muito importantes". O presidente da Codevasf assinou hoje acordo de cooperação técnica com a empresa japonesa Itochu e a Campo, para elaboração de projetos de irrigação visando à produção de bioetanol, a partir da cana-de-açúcar, e de biodiesel, através da plantação principalmente de mamona e de dendê. Eles vão ser desenvolvidos em Jaiba e Jequitaí, em Minas Gerais; Baixo de Irecê, Vale do Iuiu e Salitre, na Bahia; Canal do Sertão Pernambucano, em Pernambuco; e Platô de Guadalupe, no Piauí.