Presidente de sindicato sugere que empresas aéreas diminuam quantidade de vôos

02/11/2006 - 19h14

Mariana Schreiber
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A única maneira de normalizar o funcionamentonos aeroportos em curto prazo é diminuir o número de vôos das empresas aéreas,segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção aoVôo, José Carlos Botelho.“As empresas aéreas têm sua culpa, porque utilizam o máximo de aproveitamentoda malha aérea”, disse hoje (2) em entrevista coletiva na sede do sindicato. SegundoBotelho, a malha está amarrada de tal modo “que um atraso por qualquer motivoem uma cidade vai acabar se refletindo em todo o Brasil. É necessário umesforço das empresas para reduzir o número de vôos.”O presidente do sindicato disse que a categoria está se esforçando para atendero pedido feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que oscontroladores normalizem suas atividades e voltem a controlar mais de 14 vôossimultaneamente. As regras internacionais determinam que cada controlador sejaresponsável por, no máximo, 12 vôos. Segundo Botelho, o apelo foi feito porintermédio do Ministro do Trabalho Luiz Marinho, que ligou para ele hoje (2) demanhã.Botelho estima que o problema dos atrasos dos vôos seja resolvido dentro decinco dias, quando os controladores transferidos de outras localidades paraBrasília estarão aptos a operar as aeronaves neste aeroporto.  Ele disse,no entanto, que essa medida não representa uma solução, pois apesar de resolverparcialmente o problema de Brasília, compromete o funcionamento de locais comoRio de Janeiro e São Paulo, em que também há pouco pessoal e grande volume detráfego.“Já dei minha palavra ao ministro. Mas, se a flexibilização desse número para16 ou 17 vôos comprometer a segurança, queremos que uma autoridade assuma aresponsabilidade por isso, e não nós”, declarou.