Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os hospitais das regiões Norte e Nordeste têm carência de tomógrafos computadorizados, que detectam, por exemplo, tumores. Enquanto a recomendação do Ministério da Saúde é de que exista um aparelho para cada 100 mil habitantes, a média nas duas regiões é de 0,5 e 0,6, respectivamente.É o que revela a Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária, divulgada hoje (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que investigou todas as unidades de saúde do país entre 2002 e 2005.Com relação a equipamentos de hemodiálise, utilizados no tratamento de complicações renais, o Norte tem 3,1 por 100 mil habitantes – indicador bem abaixo da média nacional (7,9) e também do parâmetro estabelecido pelo Ministério da Saúde (1 a 2 equipamentos para cada 30 mil habitantes, o que representa de 3,3 a 6,6 por 100 mil).A região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de crescimento desse tipo de equipamento: 9%.Apesar de haver déficit de recursos importantes, a pesquisa do IBGE revela aumento do número de equipamentos de tecnologia avançada em todo o país, como mamógrafos e aparelhos de ultra-som. Isso reduz as desigualdades regionais na oferta de serviços de saúde especializados.O ritmo de crescimento anual desses equipamentos por 100 mil habitantes foi maior nas regiões Norte (12,8%) e Nordeste (9,5%), que historicamente apresentam as maiores carências, do que a média nacional, que ficou em 7,3%.A maioria desses equipamentos está na rede privada de saúde. Somente 9,8% pertence ao sistema público.