Obras raras desaparecem da Biblioteca Central de São Paulo

07/09/2006 - 18h31

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma equipe de investigação da Delegacia Seccional Centro estátrabalhando para elucidar o furto de várias obras raras da Bibliotecamunicipal de São Paulo Mário de Andrade, no centro da cidade. Ementrevista concedida hoje à tarde (7), o diretor da biblioteca, LuisFrancisco Carvalho Filho, informou que o sumiço das peças foidescoberto na última quinta-feira (31) e que “não é possível precisarquando a ação ocorreu”. Ainda está sendo levantado o númeropreciso de obras furtadas, mas já se sabe que, no desfalque, levaram 42gravuras de Debret, 58 gravuras de Rugendas, três litografias deBurmeister, a obra “Souvenirs do Rio de Janeiro”, com 12 gravurascoloridas de Johann Jacob Steinmann, e um exemplar do livro de orações“Hore intemerate Beate Marie Virginis”, impresso em 1501. Pelasdimensões do furto, Carvalho Filho supõe que a retirada das obras foifeita em várias etapas.  De acordo com nota distribuídapela assessoria da Biblioteca Central, suspeita-se que algumfuncionário tenha sido conivente. Como “não há sinais de arrombamento,nem notícias de invasão do prédio, a polícia trabalha com a hipótese deque houve conivência por parte de algum funcionário que conhecesse asrotinas do setor de obras raras e que possa ter tido acesso às chavesda sala em que ficavam as obras”, diz o comunicado. Além de teremlevado livros inteiros, os ladrões destruíram algumas obras.