Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A técnica de meliponicultura (criação de abelha sem ferrão, ou indígena) em caixa de madeira foi introduzida em Boa Vista do Ramos (AM) pela organização não-governamental Irapoara, em 2000. As chamadas caixas racionais possuem partes justapostas, independentes, que imitam a ordem natural das colméias: na parte de baixo está a lixeira, depois vem o ninho, seguido do depósito de mel.“Em janeiro, a gente faz a multiplicação das colméias. Transferimos metade das abelhas para outra caixa vazia. Assim, as colméias tendem a dobrar a cada ano”, explica o vice-presidente da Associação de Criadores de Abelha Indígena da Amazônia (Acaiá), Jair Rodrigues Arruda. “A coleta de mel acontece duas vezes por ano, a primeira em setembro, a segunda em dezembro”.Arruda afirma que os associados da Acaiá são pequenos agricultores, que trabalham principalmente com a produção de farinha de mandioca. Também pescam e, em menor número, criam gado bovino e pequenos animais. “Na média, a produção de mel representa para cada associado uma complementação de renda familiar de um salário mínimo por ano”.Um dos objetivos da Acaiá é constituir uma cooperativa ou micro-empresa. Para isso, tem parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae).