Grito pede em Pernambuco políticas de combate à violência contra a mulher

07/09/2006 - 16h24

Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - A 12ª edição do Grito dos Excluídos,manifestação que tem entre seus organizadores a Conferência Nacionaldos Bispos do Brasil (CNBB), foi marcada, em Recife, por protestos derepresentantes de mais de 30 sindicatos de trabalhadores, políticos emovimentos sociais de Pernambuco. Além de reivindicar inclusão social,ética na política e segurança, os manifestantes defenderam a adoção depolíticas públicas urgentes para combater a violência contra a mulher.

Segundo segundo levantamento divulgado pelo Fórum deMulheres, do início deste ano até agora, foram assassinadas em Pernambuco 220 mulheres.

Comfaixas, bandeiras, cartazes e dois trios elétricos, os manifestantespercorreram a Avenida Conde da Vista, logo após o encerramento dodesfile cívico-militar, promovido pelo Comando Militar do Nordeste, emhomenagem aos 184 anos da independência do Brasil.

Umdos participantes do evento, o padre Thiago Thorlby, da ComissãoPastoral da Terra, disse que o objetivo da caminhada foi lutar pelaconstrução de uma sociedade solidária. ”Temos hoje uma população de 180milhões de brasileiros, e dois terços deles estão na batalha por teto,trabalho e terra. Que independência podemos comemorar no dia de hoje,se ainda falta cidadania?”, questionou o padre Thiago.

Odeputado estadual Sérgio Leite (PT), por sua vez, disse que o movimentopode contribuir para promover mudanças favoráveis à inclusão social daspessoas que ainda vivem discriminadas.

  A caminhada terminou no Largo do Carmo, após discursos de protesto contra o desemprego e a pobreza.