Delegado suspeita que crime ambiental em Rondônia tem participação do poder público local

05/09/2006 - 17h56

Thiago Brandão
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O grupo desarticulado hoje (5) pela Operação Daniel pode ter corrompido servidores de outros órgãos governamentais, além dos que foram presos pela manhã por irregularidades no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e na Polícia Rodoviária Federal. A informação é do delegado Jorge Pontes, chefe da Divisão de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente da Polícia Federal.Como os acusados atuam na região de Rondônia e Mato Grosso há aproximadamente cinco anos, o grupo pode ter se infiltrado na estrutura do poder público, acredita o delegado. “Com a operação, poderemos avaliar melhor a extensão dos crimes cometidos. O material apreendido e os depoimentos dos presos poderão demonstrar o envolvimento de servidores de outros órgãos estatais”.A Operação Daniel, desencadeada hoje pelo Ibama e pela Polícia Federal, já prendeu 34 pessoas envolvidas na extração e transporte irregular de madeira em Rondônia. Os presos são acusados de formação de quadrilha, crime ambiental, concussão, corrupção ativa e passiva e violação de sigilo funcional.