Yara Aquino
Enviada especial
Cachoeira (BA) - O Conjunto do Carmo, que fica em Cachoeira (BA), passou por obras de restauração com recursos do programa Monumenta. O Conjunto, que é do século 18, é formado pelo Convento do Carmo, a Ordem Primeira do Carmo e a Igreja da Ordem Terceira do Carmo. Os prédios restaurados foram entregues à população do recôncavo baiano pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida.A Igreja do Carmo teve retiradas as talhas internas, as camadas de repintura em tinta latéx branca que recobriam as colunas e nichos frotais dos altares laterais, o que permitiu descobrir a pintura que existia anteriormente. Os forros da Nave Central e da Capela Lateral Direita foram restaurados e colocados no local de origem, após extenso trabalho de pesquisa.O presidente do Instituto Nacional do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, destaca que o Conjunto do Carmo estava em estado péssimo antes da recuperação. “Esse conjunto estava em degradação dos seus bens, como altares, estátuas. A intenção foi recuperar esses bens e principalmente uma nova proposta para o uso da Ordem Primeira que vai se transformar na sede do Museu de Arte Sacra do Recôncavo Baiano”, disse. Na Ordem Terceira do Carmo, a pintura e luminárias consideradas raras foram recuperadas. Além do Conjunto do Carmo, em Cachoeira também foram restaurados a Igreja de Nossa Senhora do Sagrado Coração do Monte Formoso, mais conhecida como Igreja do Rosário dos Pretos, e o cemitério anexo. A igreja, de 1846 não era mais usada, estava sem altar e teve o interior recuperado. O cemitério de 1856 já não realiza mais sepultamentos e passou por obras de revitalização. O programa Monumenta investiu o total de R$ 4.440.354,54 em Cachoeira.