Sobrevivente reconhece PM acusado de participar da chacina da Baixada Fluminense

22/08/2006 - 11h09

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O depoimento do únicosobrevivente da chamada Chacina da Baixada Fluminense abriu o segundo dia dojulgamento do soldado da Polícia Militar Carlos Jorge de Carvalho, acusado departicipar do assassinato de 29 pessoas na Baixada Fluminense, no dia 31 demarço do ano passado.Por volta das 10 horas dehoje (22) o homem - uma das quatro testemunhas de acusação - disse no Tribunaldo Júri de Nova Iguaçu que reconhecia o soldado como sendo um dos policiaismilitares que atiraram no bar da rua Gama, em Nova Iguaçu, matando 10 pessoas.Ainda hoje, devem ser ouvidasas outras três testemunhas de acusação e as quatro testemunhas de defesa.Ojulgamento está sendo acompanhado por familiares das vítimas, vestidos comcamisetas com fotos dos 29 mortos e deve se estender até amanhã (23).O soldado Carlos JorgeCarvalho responde pelos crimes de tentativa de homicídio, homicídio qualificadoe formação de quadrilha. Se for condenado, poderá pegar até 600 anos de prisãopelos crimes.No interrogatório de ontem,ele alegou inocência, mas se contradisse ao falar sobre os horários e a ordemdo que estava fazendo no dia do crime.Onze policiais militaresestão sendo acusados da chacina em Queimados e Nova Iguaçu. Cinco deles vãoresponder pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio; doispor formação de quadrilha e quatro foram inocentados por falta de provas.