Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A melhoria das condições de saúde e educação das populações de baixa renda do país passa, necessariamente, pela integração dos programas sociais das três esferas de governo (federal, estadual e municipal). É o que defendeu hoje (22) a diretora de Avaliação e Monitoramento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Jeni Vaitsman, no 11º Congresso Mundial de Saúde Pública, no Rio de Janeiro.De acordo com ela, o Bolsa Família, por exemplo, aliado a programas de acesso a microcrédito e alfabetização, por exemplo, é capaz de romper com o ciclo de pobreza que ultrapassa gerações e compromete a educação e a saúde dos filhos das famílias mais pobres.“Não basta um processo de desenvolvimento econômico nacional, porque as populações vulneráveis continuam sem ter acesso ao mercado de trabalho por falta de competitividade. É preciso gerar ofertas de saúde e educação junto a essas pessoas para que as próximas gerações percebam mudanças.”Jeni Vaitsman citou o exemplo do Bolsa Família como capaz de mudar o ciclo de pobreza por, além de transferir renda, condicionar os benefícios à vacinação infantil e à permanência das crianças e adolescentes na escola. A diretora do Ministério do Desenvolvimento Social é pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz e doutora em Sociologia pela Sociedade Brasileira de Instrução.