Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O diretor da Área de Abastecimento da Petrobras, PauloRoberto Costa, assegurou hoje (22), que “não existe a mínima possibilidade derestrição no fornecimento de gás natural (ao Brasil)” procedente da Bolívia.Desde o último domingo (20), índios guaranis ocupam a estação de controle dasede do gasoduto de Transierra, operado em conjunto pela Petrobras, a Repsol/YPFe a companhia francesa TotalFinalElf. Os indígenas reivindicam o pagamento de US$ 9 milhões parapermitir o uso dos gasodutos em suas terras, conforme estabelecido em convênioassinado no ano passado.Em declarações dadas ontem (21), o presidente daPetrobras, Sérgio Gabrielli, já havia descartado o risco de desabastecimento doproduto. Ele discutirá a questão com o governo boliviano na quinta-feira (24). Segundo Paulo Roberto Costa, as negociações em andamento porparte dos representantes do consórcio “estão indo bem”. Ele, no entanto, nãodetalhou o assunto. “Esperamos que tudo seja resolvido em curto espaço detempo”, avaliou.Costa informou que o plano de investimentos da Petrobras naBolívia está em processo de reavaliação por causa de indefinições em torno dadecisão do presidente boliviano Evo Morales, de nacionalizar a produção e vendade gás natural.