Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mantém a sua estimativa de crescimento entre 4% e 4,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano, apesar de revisões para baixo feitas por analistas do mercado. “São perspectivas pessimistas essas que falam em 3,5%”, afirmou Mantega, em referência às últimas análises. Instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central reduziram as projeções dos 3,55% para 3,53%. “Essas pesquisas mudam ao sabor do vento”, comentou. Segundo o ministro, as análises são feitas com base em acontecimentos momentâneos e não refletem o contexto global. Como as novas estimativas foram feitas com base no desempenho da indústria em junho, quando as vendas caíram 3,75%, o ministro disse que isso não pode ser analisado isoladamente, uma vez que as vendas sofreram influência da Copa do Mundo, diversas greves e mesmo os ataques em São Paulo, do PCC. “Em julho já há uma aceleração da indústria brasileira. A indústria automobilística acelerou, a indústria de papel e papelão também. Há um consumo maior de energia elétrica. Nós já temos todos os indicativos de que a indústria está crescendo acima de 4%”, ponderou.Ainda segundo o ministro, “a massa salarial cresceu. Todos os dissídios do primeiro semestre foram acima da inflação. O cidadão brasileiro está com o poder aquisitivo maior”.