Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os números não deixamdúvidas: a indústria naval brasileira passa por um período de francarecuperação. Depois de viver o seu período de ouro nas décadas de 70 e 80, osetor naval entrou em crise na década seguinte e a falta de encomendas quasetorna esse processo irreversível.Com a expansão significativada atividade de petróleo no país, no entanto, o quadro vem mudando ano a ano eo setor volta a respirar ventos favoráveis e a ver aumentada significativamentea sua participação na economia brasileira. Depois de chegar ao final dadécada de 90, empregando apenas 500 pessoas, o setor naval hoje já chega aresponder por cerca de 25 mil empregos diretos. Nesse período, foram reabertosou revitalizados 19 estaleiros e a carteira de encomendas do setor saltou dosUS$ 50 milhões para mais de US$ 4 bilhões, entre 1999 e 2006.Esse impulso significativofoi dado pelas encomendas de plataforma e embarcações de apoio à atividade depetróleo em águas profundas, principalmente para a Petrobras.Para o professor deEngenharia Naval da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Floriano Pires, foi o setor offshoreque viabilizou a manutenção da industria naval brasileira nos últimos anos.“Asencomendas das unidades de apoio e das plataformas, principalmente a partir dofinal da década de 90 para cá, permitiu não só esta recuperação, mas também amanutenção da atividade de engenharia naval no país”.