Secretário contesta análise sobre metas do Plano Nacional de Educação para região Norte

29/07/2006 - 11h48

Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus - O secretário de Educação do Amazonas, Gedeão Amorim,contestou as projeções realizadas pelo Centro de Desenvolvimento e PlanejamentoRegional da Universidade Federal de Minas Gerais (Cedeplar/UFMG), por encomendado Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério daEducação (Inep/MEC), para avaliar o cumprimento das metas estabelecidas peloPlano Nacional de Educação para a região Norte. “Os indicadores são de 2003,mas desde lá já houve muitas mudanças. Esse cenário apresentado para a regiãoNorte certamente não é tão ruim”, afirmou.Os dados utilizados pelos pesquisadores da UFMG foramretirados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD), do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Censo Escolar 2003. O estudorevelou, por exemplo, que a região Norte é que tem menos docentes comqualificação superior: apenas 6,4% dos professores que atuam no ensino médioconcluíram a faculdade, contra 31,3% da média nacional. A meta do PlanoNacional de Educação é que até 2010 esse número chegue a 70% em todos osestados brasileiros. “A gente não considerou as políticas agressivas de formaçãode professores que foram implantadas na Amazônia nos últimos três anos,principalmente no Acre e no Amazonas”, reconheceu o coordenador-geral deArticulação e Fortalecimento Institucional dos Sistemas de Ensino da Secretariade Ensino Básico do Ministério da Educação, Arlindo Queiroz. “Todas nossasprojeções têm como referência o ritmo histórico de crescimento registrado entre1996 e 2003”. De acordo com Amorim, 96% dos professores da rede estadualde ensino do Amazonas estão cursando ou concluíram a faculdade. “Nos municípiosnão temos dados exatos, mas calculo que seja algo entre 45 e 50%”. Desde 2002, um programa de capacitação para professores daprimeira à quarta séries – o Pró-Formar, executado pela Universidade Estadualdo Amazonas – já graduou 9.500 docentes dos 62 municípios amazonenses. Eleutiliza a metodologia do ensino à distância, com tele-aulas ao vivo. É um cursomodular, durante as férias letivas. “A segunda turma, que está estudando agora, tem oito milalunos”, informou Queiroz.