Rede Brasileira de Agendas 21 é discutida no último encontro regional, em Curitiba

26/07/2006 - 21h44

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - O Ministério do Meio Ambiente promove até sexta-feira (28) o último encontro regional, de uma série de cinco, que reúne experiências de organizações não-governamentais, prefeituras e iniciativa privada implantadas na região Sul para a criação de um modelo sustentável de desenvolvimento para cada município. No encontro, iniciado hoje (26), os processos são apresentados com o objetivo de subsidiar a elaboração e implementação de uma Rede Brasileira de Agendas 21. Em Brasília, a partir do dia 16 de agosto, um encontro nacional analisará os resultados dos eventos regionais e votará a estrutura e o funcionamento da Rede. O coordenador da Agenda 21 Brasileira, Sérgio Bueno da Fonseca, informou que 23 processos estão inscritos para representar os três estados da região Sul. Na sexta-feira, os participantes definirão o documento a ser levado ao enonctro nacional. A Agenda 21, assinada por 170 países, inclusive o Brasil, é o principal documento da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, a Rio-92, e relaciona as preocupações com o futuro a partir do novo século. Segundo o coordenador, as agendas locais podem ocorrer nos municípios, numa bacia hidrográfica – caberá à comunidade definir o território. "Já foram divulgados três editais para selecionar programas das Agendas 21 locais e habilitá-los a receber recursos do Fundo Nacional do Meio-Ambiente para implementar as ações. O Ministério do Meio Ambiente investiu em torno de R$ 10 milhões em cada edital, mas muitos processos estão sendo desenvolvidos sem qualquer recurso público”, informou Fonseca.  O projeto é resultado de parceira entre o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais e a Agenda 21 do Ministério do Meio Ambiente, sob a coordenação do Instituto Vitae Civilis. A definição de uma política de sustentabilidade financeira da rede deve ser discutida na reunião nacional para que não fique na dependência apenas do governo. “A idéia é que sejam captados recursos inclusive de organismos internacionais”, acrescentou Fonseca.Para o diretor executivo do Instituto, Rubens Born, "trata-se de um novo modelo de gestão que beneficia as comunidades locais a partir de sua realidade". Os programas, lembrou, "são criados por estudantes, donas de casa, empresários, ativistas de ONGs, estatais, preocupados com justiça social, geração de renda e emprego, e qualidade de vida. Todas as propostas que forem apresentadas em Curitiba e as já definidas nas outras quatro regiões podem ser avaliadas no endereço eletrônico do Instituto Vitae Civilis (www.vitaecivilis.org.br).